domingo, 29 de agosto de 2010

Estrogonofe Tiroles

A vida inteira comi o estrogonofe da minha mãe. É delicioso. E bem fácil de fazer.

Ela usa creme de leite de latinha, massa de tomate ou ketchup e claro, champignons.

Tinha certeza que esse era o único jeito de prepará-lo, até porque não era necessária nenhuma invenção, ele já era maravilhoso.

Mas no ano passado fui para a Austria e lá provei um outro estrogonofe. Na verdade na Austria tudo é diferente, tudo é especial. Eu amei este país, e olha que conheci só um pequeno pedaço.

As casas são lindas, cheias de flores na janela; os campos são verdes, com vacas gordas, brancas e marrons - o próprio comercial de chocolate ou iogurte Nestle; as pessoas educadas e a comida....ai, a comida tem um q de alemã, é picante, a cerveja é boa....delícia.

Em Innsbruck provei o tal estrogonofe diferente do da minha mãe. A começar pelo sabor e textura até o acompanhamento.


O estronofe é bem picante, o creme é mais líquido do que comemos no Brasil e vem acompanhado por um fettuccine na manteiga.

É isso mesmo, lá eles comem estrogonofe com macarrão; e isso não é um sacrilégio como aqui é comer macarrão com feijão!

Amei o prato, naquela época ainda não tinha meu blog, então não tirei foto. Mas vocês podem ver a rua onde provei-o.

Como sempre faço, comi, cheirei, olhei e tirei minhas próprias conclusões a respeito da receita. Voltei pro Brasil e arrisquei.

Logo na primeira vez que cozinhei este novo estrogonofe ficou delicioso e eu e o Gu denominamos Estrogonofe Tiroles.

Pra quem não sabe o Tyrol é um dos estados federados da Áustria, localizado no oeste do país, sua capital é a cidade de Innsbruck - onde eu e o Gu comemos o estrogonofe.

Agora vamos a receita. Dicas importantes: substitua o creme de leite de latinha pelo fresco, use uma frigideira.

400 g de carne picadinha
1 cebola grande picadinha
1/2 garrafa de creme de leite fresco
2 colheres de sopa de mostarda dijon
1 colher de sopa de ketchup
3 colheres de sopa de paprica doce
2 vidros pequenos de champignons
2 colheres de sopa de molho inglês
manteiga
sal
1 cálice de conhaque

Primeiro aqueça um pouco de manteiga e frite a carne.
Acrescente a cebola picada e quando ela ficar transparente, coloque o conhaque e flambe.
Coloque a mostarda dijon, o molho inglês, a páprica, o ketchup e o por último o champignon.
Misture bem e ponha o creme de leite.
Deixe cozinhar por uns 5 minutos.
O molho não deve ficar muito grosso, lembrem se que ele é servido com macarrão!!
Passado os 5 minutos, sirva com fettuccine na manteiga.

Essa é uma verdadeira viagem ao Tyrol!!!!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Grego



Nunca fui à Grécia mas se ela tiver o clima, o cheiro e o sabor do restaurante grego Acrópoles, é uma delícia.

Domingo fui com os amigos queridos Re Barros e Rodrigo (e outros que fiz lá) pela 3 vez neste restaurante. Lugar bom, a gente volta!!!

Não seria para menos, o Acrópoles é um dos 8 restaurantes brasileiros da lista de roteiros do "1000 lugares para conhecer antes de morrer".

Fundado em 1959, no bairro do Bom Retiro -próprio dos imigrantes gregos, judeus e mais recentemente coreanos -. É comandado pelo Sr.Thrassyvolos Georgios Petrakis, que chegou da Grécia em 1961, e em 63 começou a trabalhar na casa como cozinheiro, depois foi garçom, gerente e sócio. Atualmente, ele roda pelo pequeno salão, conversa com os clientes, pergunta porque não comemos tudo do prato (né, Gu?) e faz pose para foto, como a que vemos aqui.

O ambiente é pequeno e pitoresco. Não há cardápio. O garçom nos pergunta o que queremos beber - isto inclui uma descrição básica de 3 ou 4 vinhos - e verifica se queremos salada, que por sinal é imperdível, leva queijo feta e no nosso almoço foi preparada na nossa mesa, pelo próprio Sr. Petrakis. Depois da entrada, o garçom volta à mesa e nos "manda" para a janelinha da cozinha. Isso mesmo, escolhemos os pratos in loco. Os cozinheiros têm cara de bravos (eu sempre levo alguém comigo para este momento da escolha) mas sabem preparar os pratos como ninguém.

A comida é super saborosa. Há moussaka - prato parecido com lasanha de beringela -, carneiro, lula recheada, arroz de frutos do mar, camarão a parmeggiana. Tudo uma delícia.

Já comi a moussaka e a lula. Prefiro a moussaka, apesar de adorar frutos do mar. E garfei o camarão e carneiro do Gu, que são uma delícia.

As sobremesas por sua vez não são maravilhosas. Acho que vale a pena sair de lá, economizando a caloria do doce ou seguir para uma doceria.

Mas isso não faz diferença, pois os pratos salgados são imperdíveis e de fato todo mundo tem que prova-los antes de morrer.

sábado, 14 de agosto de 2010

Sábado é dia de...

Feijoada, é isso mesmo. Tradicionalmente aos sábados o brasileiro se delicia neste delicioso prato. Em SP, às quartas também serve-se feijoada.

Pois bem, hoje é sábado, está frio e eu acordei pensando neste prato, que sou fã.
Por mim, comia feijoada todos os sábados.

Além do feijão e os apetrechos que compõem o prato, adoro os acompanhamentos: couve, laranja, torresmo, banana frita, vinagrete e o que mais estiver junto.

Essa minha paixão começou bem cedo. Me lembro do meu aniversário de 20 anos. Era um sábado e minha mãe, que sabe fazer uma feijoada como ninguém, preparou uma para meus amigos. Resumo: 16h e todo mundo ainda se esbaldando com o prato.

Vocês devem estar pensando que vou dar a minha receita ou dicas de preparado deste prato. Vou decepcioná-los. Nunca fiz uma na vida. Tenho medo que errar bem um dos meus pratos prediletos.

Mas existem ótimos restaurantes para se comer uma boa feijoada. E é pra estes lugares que eu corro...
Ultimamente tenho ido ao Bar do Nico, no Ipiranga; quando quero ficar em casa compro a do supermercado Pão de Açucar; há também a famosa e cara feijoada do Bolinha. Enfim, em SP qualquer boteco tem uma boa feijoada.

Há quem diga que este prato surgiu com os escravos negros que usavam as partes menos nobres das carnes dos "senhores" como pé, orelha etc e juntavam ao feijão e farinha que já faziam parte do cardápio dos escravos.
Achei um texto bem interessante sobre sua origem. Leiam.

Como vocês viram há estudos que contrapõem essa teoria e indicam que os cozidos são originariamente da Europa. Eu acredito!!!E vou deixar aqui no Blog registrado um prato português delicioso: Arroz de feijão transmontano, que reforça esta tese.

domingo, 8 de agosto de 2010

Pudim de leite de coco


Ontem fomos ao aniversário do Toze. Uma noite fria e deliciosa que foi aquecida pelos vinhos e sopa de alho poró.

Eu adoro sopa...de qualquer sabor, creme, minestrone etc. Para mim, tomaria um prato na entrada em todas as refeições. Quando eu trabalhava na Natura e comia no bandeijão, que era delicioso, fazia isso todos os dias, mesmo naqueles com 30 graus. Suava...mas tomava.

Na noite fria de ontem me esbaldei na sopa de alho poró.

Vocês devem estar pensando e o que ela tem a ver com o título do post. Nada!!! Depois de comer vários bowls de sopa, chegou a hora da sobremesa e lá estava o Pudim de Leite de coco.

Eu sempre amei pudim de leite. Aqueles sem bolinhas, bem cremosos.

Minha mãe faz um delicioso, e quando ele aparece com bolinha, meio aerado, eu "recuso".

Mas o de ontem, preparado pelo Guilherme - um doceiro de mão cheia - era cremoso, lisinho e com um sabor maravilhoso. O pudim era de leite de coco.

O Gui trocou o leite que vai nas tradicionais receitas de pudim, por leite de coco. Que delícia!!!

Na próxima vez que for preparar um pudim, vou fazer esta substituição e me deliciar.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Deformado

O fato de eu saber cozinhar, nunca significou habilidade para produzir pratos bonitos. Na verdade, tenho pouca destreza para artes manuais.

Me lembro uma vez, quando pré adolescente, que resolvi preparar um bolo recheado e confeitado. Trabalhava lá em casa a Neide, uma pessoa querida e louca. Pedi que ela me ajudasse...

Não sei dizer se ajuda é o termo mais indicado. Mas ela colaborou para que eu fizesse o bolo mais desformado, torto e desmontado que alguém já viu.

De lá pra cá, pouca coisa mudou. A Neide se foi...Morro de saudade dela, às vezes penso em procurá-la mas reflito e chego a conclusão que talvez não aguente mais aquela loucura (risos). Mas o meu jeito de preparar os pratos continua o mesmo, um desastre.

Esse final de semana resolvi fazer o festival do omelete. Adoro ovo, pra horror do meu sogro!`

Preparei os ingredientes para um omelete de peito de peru, queijo e tomate e outro de shitake com queijo chedar. Delícia!

Na hora da frigideira...que medo. O primeiro omelete virou um mexidão.

Resolvi me esmerar no segundo...e pasme! Ficou mesmo um pouco melhor. Nada parecido com os omeletes franceses, que vêm arrumadinhos no prato.

Mas meu sonho é conseguir fazer um bonito, que dê saliva na boca só de olhar. Será que preciso de algum apetrecho especial? Preciso de uma omeletera? Quem sabe se equipada consigo me sentir num bistro.