quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Wok de Barros

Há algum tempo minha amiga Re Barros me ensinou uma receita fácil, rápida e saborosa de fazer na panela wok.

Eu tinha acabado de comprar meu wok e não fazia a mínima idéia do que cozinhar nele. Comprei por impulso. Achava bonito aqueles chefs preparando comida nele.

Depois acabei descobrindo que o wok é um utensílio básico da culinária asiática. Tem a forma de uma meia esfera (metálica ou cerâmica), munida de duas alças ou de um cabo. Uma característica do wok é ser comumente revestido internamente de uma camada de carbono praticamente puro, obtido a partir da aplicação de óleo vegetal e posterior aquecimento extremo, o que lhe confere resistência a oxidação e não aderência dos alimentos a serem nele cozidos.

Alguns woks tem o fundo plano, dando-lhe uma forma semelhante à de uma frigideira.
E seu formato (fundo côncavo), faz com que os alimentos não fiquem espalhados no fundo da panela chata, pois você deverá mexê-los sempre ou até adicionar algum líquido. Além disso, o preparo dos alimentos nesta panela é muito rápido, conservando assim as propriedades dos alimentos.

Comentei com a Re sobre minha nova aquisição e ela me passou essa receita de legumes com carne ou frango.

Fiz e adorei.

Ontem repeti. Claro, que antes, liguei pra Re e pedi de novo a receita.

Anotem aí:

Aqueça a panela. E coloque 1 pingo de óleo;
Refogue 1 dente de alho amassado;
Coloque a carne picadinha (como a de estrognofe). Mas antes você deve deixá-la descansando em 1 clara de ovo com 1 colher de shoyo;
Quando a carne estiver selada (vermelhinha), inclua legumes picados. Eu uso aqueles cortados, vendidos no supermercado / sacolão, próprios para o preparo de yakisoba;
Deixe os legumes cozinhar. Para tanto tampe a panela. Uma dica: se você pretende comprar um wok, procure os que têm tampa;
Os legumes vão cozinhar com seu próprio vapor. Acrescente então 1 xícara de caldo de carne, 2 colheres de shoyo e 1 colher de maisena dissolvida em 1 xícara de água;
Mexa e deixe cozinhar por mais uns instantes;
Pronto. Desligue o fogão e sirva. Ah mais uma coisa, se você gostar, cozinhe 1 pacote de miojo e junte ao prato, fica como um yakisoba.

Uma comida bem saborosa e fácil de preparar.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Comida Nordestina




Neste sábado nos deu uma vontade enorme de comer as delícias nordestinas.

Eu me lembrei do tempo em que morava em Recife. Embora eu fosse muito criança, dos 3 aos 7 anos, tenho certeza que vem de lá a minha paixão por carne de sol, macaxeira, manteiga de garrafa.

E o Gu se lembrou de um sábado, que ele quer esquecer por outros motivos, quando eu o apresentei a esta comida.

Pesquisei no aplicativo da Época Restaurantes e achei um que me pareceu bem interessante: Mocotó.

Entrei no site e apesar de não ter a menor idéia do bairro onde está localizado, Vl. Medeiros, o cardápio, a tradição - desde 1974 -, nos fizeram querer desbravar a Zona Norte.

E lá fomos nós, eu, Gu e minha mãe. Apesar de distante de casa, é bem fácil de chegar. Mas difícil de entrar. Eram 20h e tinha espera de 1 hora.

Nossa fome era enorme, como se de fato estivessemos chegando do NE, depois de 4 dias de viagem de ônibus, e não esperamos.

Mas a vontade de comer carne de sol e seus apetrechos ainda persistia. Nos lembramos, então, do restaurante Feijão de Corda atrás do Cemitério de Congonhas. E lá fomos nós.

Pedimos um prato com Feijão de corda, macaxeira e carne de sol. E um cabrito com feijão de corda. Ambas estavam uma delícia.

As carnes bem macias e suculentas ficavam ainda melhores com a manteiga de garrafa que despejavamos por cima de tudo.

Não posso dizer que é uma comida leve mas certamente, é uma das mais saborosas do nosso país.






domingo, 3 de outubro de 2010

Presentes de Cozinha







A medida em que eu cozinho, descubro que não tenho quase nenhum apetrecho para isso.

Na verdade existe utensílio pra tudo. É descascador de azeitona, de legumes, espremedor de alho, pincel pra isso e pra aquilo, panela de ferro, wok, de barro, colher de paú, coadores, funil...

E tudo tem serventia. Sem eles a vida na cozinha fica bem mais difícil e demorada.

Bendita UD!!! Feira de Utilidades Domésticas!

Vocês se lembram da UD?

Não sei se ela ainda existe. Na internet, o último registro que achei foi da feira de 2004. Era a 53 edição.

Eu ia muita na minha infância. Meu pai trabalhava na Metalfrio, empresa de refrigeradores, e ir à feira era tradição.


Naquela época, quando eu tinha uns 3, 4, 5, 6 anos, não fazia a mínima idéia que um dia eu iria cozinhar, mas já gostava de ver todos aqueles apetrechos para os quais eu não dava nenhuma serventia. Gostava também porque era a minha chance de comer Favo Holandes (nada a ver, ne?).

Depois dos 10 anos nunca mais voltei lá.

Hoje em dia nem sei se a feira existe mas me divirto visitando as lojas.

No meu aniversário deste ano ganhei dois presentes culinários.

Um conjunto de facas, do Gu. E um livro do Otávio.

O conjunto de facas tem 6 tipos:

Faca do chef - Ideal para destrinchar, cortar cebolas, cortar carnes, picar temperos;
Faca de pão - Própria para cortar pães;
Faca para Desossar - é usada para desossar pequenos animais e filetar peixes;
Faca de carne - ideal para cortar carnes;
Faca de frutas e legumes - Própria para cortar e descascar frutas e legumes;
Faca de serra

As facas vêm num suporte de madeira e eu acabei de descobrir que assim evitamos que percam o fio. Aliás, se alguém quiser me dar um presente, pode me dar um amolador de facas...

O Otávio me deu o livro Todas as Técnicas Culinárias, Le Cordon Bleu.

A Cordon Bleu é a mais renomada instituição de ensino dedicada a culinária de alto nível. Oriunda da França, está presente, também, em outros países.

O livro traz dicas básicas e imperdíveis, coisas que todo chef que se preze deve saber, como cortas carnes, preparar molhos, cortar legumes etc.

Com estes presentes minha cozinha ficou mais completa e eu poderei aperfeiçoar meus pratos.

Obrigada Gu e Tá.



Celebração à francesa




Dia 27 de setembro é meu aniversário.

E nesse ano, além da comemoração antecipada com a família, resolvi sair com o Gu para jantar.

Estava uma noite chuvosa e fria, típica de todos os 27 de setembro que passei em São Paulo. Não me lembro, embora faça aniversário no início da primavera, de uma noite de calor, dos meus amigos, nas comemorações, vestindo roupas típicas da estação. Me lembro sim, de todo mundo encapuzado, de garoa fria e gelada.

Nos restava, então, ir a um restaurante aconchegante, onde pudéssemos provar boa comida.

Escolhemos o ICI Bistrô. Adoro a atmosfera francesa e achei que este seria o cenário perfeito para a comemoração.

Lá fomos nós para Higienópolis, r. Pará, 36.

O lugar, de fato, lembra os bistros parisienses. Lousa com o cardápio na parede, mesas pequenas e próximas e um cardápio bem enxuto.

Tive dúvidas se comia o Moules com fritas ou o Cassoulet.

Para quem não sabe, Moules é um típico prato belga, muito apreciado na França. São mexilhões cozidos em molho (existem vários) e servidos acompanhados por batata frita.

Provei este prato pela primeira vez em Paris. Como adoro frutos do mar, meu sogro me indicou o restaurante Leon de Bruxelas e lá fui eu provar esta delícia. O restaurante tem como prato principal Moules. Lá você encontra os mexilhões cozidos em diversos molhos como roquefort, molho de tomate. Recomendo fortemente! Se você for a Paris não perca esta oportunidade. Veja aqui mais informações.

Mas escolhi o Cassoulet. Quando estive em Paris, em junho, fui a um restaurante indicado pelo Daniel para provar este prato mas o garçon, com um olhar bem despresivo, me disse que era verão e este prato não era servido nesta época.

Mas, dia 27 de setembro está na primavera, era uma noite fria, então, eu tinha uma boa oportunidade de prová-lo.

Bingo! Adorei a escolha. O Cassoulet veio servido numa mini Le Creuset com um belo e tenro pato em cima. O Cassoulet é feito com feijão branco,confit de pato e linguiça de porco. Pra mim, é uma feijoada francesa. Uma delícia!!!

O Gu comeu a FRALDINHA Bèarnaise com fritas (bem fininhas). Eu mesma não gostei do prato e ele, apesar de ter gostado, saiu com a sensação que poderia ter pedido outro, mais exótico.

Ah, me esqueci da deliciosa entrada que pedimos: Coxinhas de Rã.

E para sobremesa, o delicioso Profiteroles.

A comida estava muito boa e a noite foi deliciosa.

Recomendo o restaurante, embora seja um pouco salgado. Mas era meu aniversário, e eu mereço.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Purê de Abobora

Sempre vi minha vó fazer doce de abóbora mas naquela época não prestava a menor atenção no preparo. Então fiquei com a impressão que era super complicado prepará-la.

Mas outro dia resolvi, sem ter nenhum motivo, tentar fazer um purê de abóbora.

Adoro purê, papinha enfim comidas pastosas. Tenho inveja das crianças que comem aqueles potinhos de papinha da Nestle, eu adoro o de frutas.

Como não tenho mais idade pra isso, me contento com os purês.

Dessa vez elegi a abóbora.

Comprei a abóbora seca, em pedaços, sem casca. E não sabia o que fazer com ela.

Mas fui tentando e...delícia! O que deveria ser um simples purê virou um prato quase tai.

Vamos lá:

Pique meia cebola. Refogue-a na manteiga.
Depois acrescente a abóbora (1 bandeija, daquelas compradas em qualquer sacolão).
Coloque 1 vidro de leite de coco e 1 de água. Deixe cozinhar até a abóbora ficar molinha.
Bata no mixer, na própria panela. Ficará uma papa grossa.
Acrescente pitadas de sal e 3 pitadas de curry.
Misture e deixe refogar mais um pouco.
Coloque 2 colheres de manteiga. Misture.
Depois ponha 4 colheres de queijo parmesão ralado.

Pronto!!! O sabor ficou muito próximo aos pratos da cozinha tailandesa. Sugiro ser servido com frutos do mar, principalmente camarão.

domingo, 12 de setembro de 2010

Shitake gratinado

Ontem a noite resolvemos, porque estou de "molho", preparar umas comidinhas e ficar em casa.
Tinha shitake na geladeira e decidi preparar shitake gratinado, em travessinhas individuais.

Depois de lavar e deixar de molho o shitake na água com vinagre, sei lá se é assim que lava; cortei-o em fatias grossas.

Refoguei-o na manteiga e adicionei 3 pitadas de pimenta branca e 2 de sal.

Quando ele começou a soltar água, adicionei shoyo, acho que uma a duas colheres de sopa.

Mexi bastante e coloquei 1 cálice de vinho branco seco. Deixei o álcool evaporar.

Daí coloquei 2 cálices de creme de leite fresco!!!

O shitake ficou cremoso mas não muito líquido.

Dividi-o em pequenos recipientes (individuais). Cobri com parmesão ralado e levei ao forno.

10 min depois... lá estávamos nós provando uma deliciosa entrada.

Isso mesmo, este prato é excelente para ser entrada de um jantarzinho. Fácil de preparar e sensacional.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pasta Napolitana???

Não sou boa com nomes. Não lembro dos nomes das pessoas, talvez porque o meu seja difícil de esquecer; não ligo ator ao nome; nome de filme então, sou péssima...então como eu poderia saber os nomes certos das comidas, em especial dos molhos das pastas.

Por isso, não sei se o simples molho de macarrão que fiz é napolitano, é marguerita, do chef ou qualquer coisa semelhante.

O que interessa é que foi fácil de preparar e ficou bom pra caramba!

Aqui em casa adoramos alho. O bom é que nós dois gostamos. Me lembro que logo no início do meu namoro com o Gu sai com minha melhor amiga, Paty, e fomos à minha pizzaria predileta - Prestissimo.Ela é uma pizzaria de bairro, mas de bom gosto. As pizzas são deliciosas, o atendimento ótimo e eu que vou lá há tempos encontro vários conhecidos. Voltando à minha noite com a Paty; eu e ela pedimos uma pizza de muzarela, tomate cereja e alho. No dia seguinte, eis que o Gu descobriu o cardápio. Que horror, ne? Alho é tão bom quanto queima filme. Mas aprendi o segredo, a gente só deve come-lo quando a companhia também topa.

Como minha pasta napolitana seria o cardápio da família, minha receita fácil levou, é claro, 3 dentes de alho.

Na verdade, o tal molho a Napolitana tem, além do alho, tomate, manjericão e muzarela de bufala.

O preparo é simples:

Amasse 3 dentes de alho.Frite-os no azeite (1 xícara de café). Quando eles tiverem quase amarelos, acrescente 2 tomates cortados em pedaços grandes. Acrescente pitadas de sal e pimenta do reino a gosto.Refogue.
Quando os tomates já estiverem desfeitos e o azeite estiver laranja, acrescente parte do manjericão cortado a mão (assim não perdemos o aroma pois, do contrário a faca oxida a folha. Ah, o Gu que me ensinou esta técnica e rasgou as folhas). Mexa um pouco. Joque a massa cozida.
Mexa bem. Coloque 2 muzarelas de bufala grandes picadas.
Para servir, acrescente mais manjericão picado sobre a massa.

E bom apetite. Como eu disse o preparo é simples e o prato gostoso!!!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Blasfêmia: o quarto segredo de Fátima






No dia 14/08 comentei aqui no Blog que falaria sobre o Feijão de Arroz a Transmontana. Mais de um mês depois aqui estou, pronta para escrever sobre uma maravilha portuguesa.



No meu roteiro para Portugal, constava Fátima, em Ourém. Para quem não sabe sou super carola e não poderia deixar de ir até este santuário português.




Minha ida à Fátima se restringia a conhecer o local do milagre de N. S. de Fátima e fazer minhas orações. Mas minha mãe levava na bagagem um caderno de turimo da Folha de S. Paulo que enumerava bons restaurantes portugueses. E lá constava um em Ourém.




Chegamos à cidade no meio da tarde, peregrinamos, rezamos e quando nos demos conta já eram 17h e estávamos sem comer.
Sacamos a FSP e vimos que o tal restaurante da lista - Tia Alice - só abria às 19h. Pelo texto chegamos à conclusão que valia a pena esperarmos e ficamos 2 horas contando os minutos.



Lá fomos nós!!!! Endereço no GPS (o restaurante não fica ao lado do santuário como todos os outros comércios da cidade) e depois de 5 minutos estávamos em frente a uma portinha branca com interfone. O nome do restaurante aparecia discretamente em cima da porta.




Tocamos o interfone e a porta se abriu. Descemos uma escada. Era a única coisa que podíamos fazer, não havia nada e nem ninguém. Naqueles 20 degraus fiquei pensando o que teria lá embaixo.




Surpresa!!! O restaurante era lindo. Todo branquinho, as paredes em pedra branca e a louça das mesas pintadas a mão.




Fomos super bem recebidos. Os garçons são todos filhos, cunhadas da Tia Alice.



Pedimos de entrada a Morcela de Arroz Assada.
Este prato é um embutido que se distingue pela forma como é feito: na tripa do porco juntam-se as partes mais gordas da carne do animal, incluindo vísceras e sangue, e arroz.É proveniente da região de Leiria-Fátima (conheça a região aqui)
Delicioso. Particularmemte eu adoro embutidos e o sabor da Morcela é bem diferente dos que comemos por aqui.




Para o prato principal: Feijão de Arroz a Transmontana.
Como já lhes contei no outro post adoro feijoada e ao pedir explicações para a nora da Tia Alice sobre este prato, me lembrei na nossa feijoada.




Lá veio o prato. Esfumegante... Uma feijoada portuguesa, com suas carnes apimentadas e saborosas, arroz e legumes. Isso mesmo; o arroz e os legumes são cozidos com o feijão e as carnes. A consistência, por incrível que pareça, fica mais líquida que a nossa. O sabor é estonteante. Um dos melhores pratos da minha vida.






Acompanhadas por um vinho da região do Douro - Pombal do Vesúvio - eu e minha mãe comemos a travessa toda. Ah, e a garrafa de vinho, também, acabou.




Mas não podia parar por ali. Tinhamos que provar os doces. Não sei se já falei isso mas os melhores doces que já provei na vida são os portugueses. Claro, isso para quem gosta de ovo.



Chamamos a nora da Tia Alice para nos dar uma dica e ela nos ofereceu um Pudim Abade de Priscos. O que?????? Foi exatamente isso que perguntamos.



E ela, acostumada a atender brasileiros, nos explicou. Prisco é toucinho. Ou seja é um pudim feito com banha de porco!!!



Cara feia das duas e dois minutos depois estávamos nós experimentando esta iguaria. Nenhum gosto de porco, é um pudim bem cremoso e doce.



Eu e minha mãe tivemos dificuldade para subir a escada mas certamente tivemos uma das melhores refeições das nossas vidas.


Acessem o site do restaurante e programem-se para visitarem: www.tiaalice.com

Ah, e se quiserem outras dicas de restaurantes em Portugal, vejam aqui

domingo, 29 de agosto de 2010

Estrogonofe Tiroles

A vida inteira comi o estrogonofe da minha mãe. É delicioso. E bem fácil de fazer.

Ela usa creme de leite de latinha, massa de tomate ou ketchup e claro, champignons.

Tinha certeza que esse era o único jeito de prepará-lo, até porque não era necessária nenhuma invenção, ele já era maravilhoso.

Mas no ano passado fui para a Austria e lá provei um outro estrogonofe. Na verdade na Austria tudo é diferente, tudo é especial. Eu amei este país, e olha que conheci só um pequeno pedaço.

As casas são lindas, cheias de flores na janela; os campos são verdes, com vacas gordas, brancas e marrons - o próprio comercial de chocolate ou iogurte Nestle; as pessoas educadas e a comida....ai, a comida tem um q de alemã, é picante, a cerveja é boa....delícia.

Em Innsbruck provei o tal estrogonofe diferente do da minha mãe. A começar pelo sabor e textura até o acompanhamento.


O estronofe é bem picante, o creme é mais líquido do que comemos no Brasil e vem acompanhado por um fettuccine na manteiga.

É isso mesmo, lá eles comem estrogonofe com macarrão; e isso não é um sacrilégio como aqui é comer macarrão com feijão!

Amei o prato, naquela época ainda não tinha meu blog, então não tirei foto. Mas vocês podem ver a rua onde provei-o.

Como sempre faço, comi, cheirei, olhei e tirei minhas próprias conclusões a respeito da receita. Voltei pro Brasil e arrisquei.

Logo na primeira vez que cozinhei este novo estrogonofe ficou delicioso e eu e o Gu denominamos Estrogonofe Tiroles.

Pra quem não sabe o Tyrol é um dos estados federados da Áustria, localizado no oeste do país, sua capital é a cidade de Innsbruck - onde eu e o Gu comemos o estrogonofe.

Agora vamos a receita. Dicas importantes: substitua o creme de leite de latinha pelo fresco, use uma frigideira.

400 g de carne picadinha
1 cebola grande picadinha
1/2 garrafa de creme de leite fresco
2 colheres de sopa de mostarda dijon
1 colher de sopa de ketchup
3 colheres de sopa de paprica doce
2 vidros pequenos de champignons
2 colheres de sopa de molho inglês
manteiga
sal
1 cálice de conhaque

Primeiro aqueça um pouco de manteiga e frite a carne.
Acrescente a cebola picada e quando ela ficar transparente, coloque o conhaque e flambe.
Coloque a mostarda dijon, o molho inglês, a páprica, o ketchup e o por último o champignon.
Misture bem e ponha o creme de leite.
Deixe cozinhar por uns 5 minutos.
O molho não deve ficar muito grosso, lembrem se que ele é servido com macarrão!!
Passado os 5 minutos, sirva com fettuccine na manteiga.

Essa é uma verdadeira viagem ao Tyrol!!!!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Grego



Nunca fui à Grécia mas se ela tiver o clima, o cheiro e o sabor do restaurante grego Acrópoles, é uma delícia.

Domingo fui com os amigos queridos Re Barros e Rodrigo (e outros que fiz lá) pela 3 vez neste restaurante. Lugar bom, a gente volta!!!

Não seria para menos, o Acrópoles é um dos 8 restaurantes brasileiros da lista de roteiros do "1000 lugares para conhecer antes de morrer".

Fundado em 1959, no bairro do Bom Retiro -próprio dos imigrantes gregos, judeus e mais recentemente coreanos -. É comandado pelo Sr.Thrassyvolos Georgios Petrakis, que chegou da Grécia em 1961, e em 63 começou a trabalhar na casa como cozinheiro, depois foi garçom, gerente e sócio. Atualmente, ele roda pelo pequeno salão, conversa com os clientes, pergunta porque não comemos tudo do prato (né, Gu?) e faz pose para foto, como a que vemos aqui.

O ambiente é pequeno e pitoresco. Não há cardápio. O garçom nos pergunta o que queremos beber - isto inclui uma descrição básica de 3 ou 4 vinhos - e verifica se queremos salada, que por sinal é imperdível, leva queijo feta e no nosso almoço foi preparada na nossa mesa, pelo próprio Sr. Petrakis. Depois da entrada, o garçom volta à mesa e nos "manda" para a janelinha da cozinha. Isso mesmo, escolhemos os pratos in loco. Os cozinheiros têm cara de bravos (eu sempre levo alguém comigo para este momento da escolha) mas sabem preparar os pratos como ninguém.

A comida é super saborosa. Há moussaka - prato parecido com lasanha de beringela -, carneiro, lula recheada, arroz de frutos do mar, camarão a parmeggiana. Tudo uma delícia.

Já comi a moussaka e a lula. Prefiro a moussaka, apesar de adorar frutos do mar. E garfei o camarão e carneiro do Gu, que são uma delícia.

As sobremesas por sua vez não são maravilhosas. Acho que vale a pena sair de lá, economizando a caloria do doce ou seguir para uma doceria.

Mas isso não faz diferença, pois os pratos salgados são imperdíveis e de fato todo mundo tem que prova-los antes de morrer.

sábado, 14 de agosto de 2010

Sábado é dia de...

Feijoada, é isso mesmo. Tradicionalmente aos sábados o brasileiro se delicia neste delicioso prato. Em SP, às quartas também serve-se feijoada.

Pois bem, hoje é sábado, está frio e eu acordei pensando neste prato, que sou fã.
Por mim, comia feijoada todos os sábados.

Além do feijão e os apetrechos que compõem o prato, adoro os acompanhamentos: couve, laranja, torresmo, banana frita, vinagrete e o que mais estiver junto.

Essa minha paixão começou bem cedo. Me lembro do meu aniversário de 20 anos. Era um sábado e minha mãe, que sabe fazer uma feijoada como ninguém, preparou uma para meus amigos. Resumo: 16h e todo mundo ainda se esbaldando com o prato.

Vocês devem estar pensando que vou dar a minha receita ou dicas de preparado deste prato. Vou decepcioná-los. Nunca fiz uma na vida. Tenho medo que errar bem um dos meus pratos prediletos.

Mas existem ótimos restaurantes para se comer uma boa feijoada. E é pra estes lugares que eu corro...
Ultimamente tenho ido ao Bar do Nico, no Ipiranga; quando quero ficar em casa compro a do supermercado Pão de Açucar; há também a famosa e cara feijoada do Bolinha. Enfim, em SP qualquer boteco tem uma boa feijoada.

Há quem diga que este prato surgiu com os escravos negros que usavam as partes menos nobres das carnes dos "senhores" como pé, orelha etc e juntavam ao feijão e farinha que já faziam parte do cardápio dos escravos.
Achei um texto bem interessante sobre sua origem. Leiam.

Como vocês viram há estudos que contrapõem essa teoria e indicam que os cozidos são originariamente da Europa. Eu acredito!!!E vou deixar aqui no Blog registrado um prato português delicioso: Arroz de feijão transmontano, que reforça esta tese.

domingo, 8 de agosto de 2010

Pudim de leite de coco


Ontem fomos ao aniversário do Toze. Uma noite fria e deliciosa que foi aquecida pelos vinhos e sopa de alho poró.

Eu adoro sopa...de qualquer sabor, creme, minestrone etc. Para mim, tomaria um prato na entrada em todas as refeições. Quando eu trabalhava na Natura e comia no bandeijão, que era delicioso, fazia isso todos os dias, mesmo naqueles com 30 graus. Suava...mas tomava.

Na noite fria de ontem me esbaldei na sopa de alho poró.

Vocês devem estar pensando e o que ela tem a ver com o título do post. Nada!!! Depois de comer vários bowls de sopa, chegou a hora da sobremesa e lá estava o Pudim de Leite de coco.

Eu sempre amei pudim de leite. Aqueles sem bolinhas, bem cremosos.

Minha mãe faz um delicioso, e quando ele aparece com bolinha, meio aerado, eu "recuso".

Mas o de ontem, preparado pelo Guilherme - um doceiro de mão cheia - era cremoso, lisinho e com um sabor maravilhoso. O pudim era de leite de coco.

O Gui trocou o leite que vai nas tradicionais receitas de pudim, por leite de coco. Que delícia!!!

Na próxima vez que for preparar um pudim, vou fazer esta substituição e me deliciar.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Deformado

O fato de eu saber cozinhar, nunca significou habilidade para produzir pratos bonitos. Na verdade, tenho pouca destreza para artes manuais.

Me lembro uma vez, quando pré adolescente, que resolvi preparar um bolo recheado e confeitado. Trabalhava lá em casa a Neide, uma pessoa querida e louca. Pedi que ela me ajudasse...

Não sei dizer se ajuda é o termo mais indicado. Mas ela colaborou para que eu fizesse o bolo mais desformado, torto e desmontado que alguém já viu.

De lá pra cá, pouca coisa mudou. A Neide se foi...Morro de saudade dela, às vezes penso em procurá-la mas reflito e chego a conclusão que talvez não aguente mais aquela loucura (risos). Mas o meu jeito de preparar os pratos continua o mesmo, um desastre.

Esse final de semana resolvi fazer o festival do omelete. Adoro ovo, pra horror do meu sogro!`

Preparei os ingredientes para um omelete de peito de peru, queijo e tomate e outro de shitake com queijo chedar. Delícia!

Na hora da frigideira...que medo. O primeiro omelete virou um mexidão.

Resolvi me esmerar no segundo...e pasme! Ficou mesmo um pouco melhor. Nada parecido com os omeletes franceses, que vêm arrumadinhos no prato.

Mas meu sonho é conseguir fazer um bonito, que dê saliva na boca só de olhar. Será que preciso de algum apetrecho especial? Preciso de uma omeletera? Quem sabe se equipada consigo me sentir num bistro.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sal




Apesar do título, eu não vou escrever sobre o uso de sal na comida, apesar de ser tema da Veja desta semana. E não vou falar por dois motivos:
1) eu quase não uso sal na comida
2) meu tema hoje é restaurante bom.

Isso mesmo, fui experimentar um restaurante e amei. O restaurante se chama SAL e o convite partiu da Dani e Du, um casal de amigos muito querido. O chef de cozinha, que é chef de verdade!!!, é amigo do Du, de Ribeirão.

O restaurante fica em Higianópolis, bairro que tem se transformado num centro gastronômico. O lugar é bem descolado, você entra por uma quase garagem e chega num sala toda de vidro. Ele não funciona aos sábados e domingos no jantar. Fomos numa sexta e como não tínhamos reserva, o Du e Dani chegaram mais cedo.

Pedi um Lombo de cordeiro, purê de dois queijos, shitake e molho de jabuticaba. Super saboroso. A carne estava bem macia e o doce do molho de jabuticaba contrastava com purê. Delicioso e exótico.

O Gu também foi de carne. Comeu um entrecote com mostarda dijon e batatas ao murro. Ele disse que estas foram as batatas mais maravilhosas que ele comeu.

O Du pediu um peixe. E a Dani risoto de camarões. Acho que eles também gostaram bastante.

Além da comida deliciosa, o clima é bem bacana. Vale super a pena vocês passarem por lá.

Serviço:
http://www.salgastronomia.com.br
t. 31513085

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Ir e não ir

Já faz tempo que estou pra deixar aqui um post sobre um restaurante que insisto em ir só pra me aborrecer.

É o Mori Sushi.

Eu adoro japonês. E há bastante tempo fui pela primeira vez neste. No começo, além da boa comida, ficava encantava com o sashimi "pegando fogo" e com alguns sabores exóticos. Mas nas 2 últimas vezes que fomos lá, isso já passou batido e foi só decepção.

O primeiro erro foi na unidade da R. da Consolação. O atendimento foi péssimo durante todo o jantar, o garçom trouxe muitas vezes pratos / bebidas errados e no final - depois de reclamarmos bastante e educadamente - e não termos pago o total dos 10%, ele saiu atrás da gente.

Pois é...essa história de 10% é mesmo complicada. É sabido que muitos restaurantes não repassam na íntegra o valor para o garçom, o que na minha opinião é um absurdo. Alguns garçons que recebem, por sua vez, acreditam - como esse do Mori Sushi - que o cliente tem obrigação de pagar mesmo que tenha ficado insatisfeito com o serviço.

Como acredito que todos os problemas, principalmente, os de serviços, podem melhorar, há mais de 1 mês voltamos ao Mori. Agora inovamos e fomos na Unidade Moema.

Outra decepção, ou a confirmação que o serviço de lá é realmente péssimo.

Dessa vez, saí com a certeza que não erro novamente.

domingo, 18 de julho de 2010

Dando um tapa

Hoje, domingo, eu e Gu tínhamos compromisso a tarde e portanto, eu não tinha tempo de me esmerar na cozinha.
Digo isso porque pra mim, cozinhar é terapia, é prazer...demoro bastante fazendo meus pratos pois a minha curtição é essa.
Hoje não era dia pra isso, eu estava sem tempo e só fui pra cozinha preparar um almoço rápido.
Preparei um molho a bolognesa para uma massa e para acompanhar este prato, tirei do freezer umas almondegas Sadia congeladas.
Achei na embalagem uma receita que me pareceu boa, e não é que me dei bem.

Vamos lá:

Aqueça uma colher de manteiga
Frite uma cebola cortada em canoa
Coloque 1 colher de açucar
Quando a cebola estiver transparente, coloque 10 almondegas e dore-as, lado a lado
Adicione pimenta do reino
Coloque 1/2 xícara de vinho branco e deixe cozinhar até o vinho reduzir
Quando o molho estiver bem denso, coloque salsinha

Pronto, uma simples almondega congelada, se transformou numa deliciosa receita!!!

Experimentem...

Memórias


Depois de mais de 1 mês de retorno, hoje sento finalmente para escrever sobre a culinária que provei na Europa.
Mexendo nas minhas coisa achei o cartão do Restaurante "O Fuso". Ele fica na cidade de Arruda dos Vinhos, Portugal, e nós só fomos lá pela indicação da Flavia e Mauro, amigos queridos que moram em Lisboa.
Eles nos disseram que devíamos aproveitar o retorno Mafra / Lisboa para provarmos um maravilhoso bacalhau grelhado.
E lá fomos nós. Não tinha nada pra ver na cidade, a não ser o próprio restaurante.
Não pensamos para pedir, fomos no certo: bacalhau grelhado.
E eis que chegou o prato (vide foto). Uma bela posta de balalhau grelhado coberto de azeite e alho, rodeado de batatas cozidas. Aí que delícia.
Para quem não gosta de alho, como meu sogro, não recomendo. De fato o gosto é bem acentoado. Mas eu adoro, então, não perdi tempo e me acabei no prato.
De sobremesa pedimos morango com chantili. Há quanto tempo não provava uma fruta tão doce...
Saí da cidade de Arruda dos Vinhos com a certeza que os moradores daquele lugar não precisam de mais nada,a não ser o "Fuso"!!!

Serviço:
Restaurante "O Fuso"
tel. 263975121
2630 - 216 Arruda dos Vinhos - Portugal
R. Contrinuinte, 500 087 601

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ainda sinto o cheiro da casa da minha avó Laura. Só não sei se o aroma é da porpeta, do molho de tomate ou do bife pizzaiolo.Tudo era delicioso!!

As vezes, me pego preparando pratos na cozinha e me pergunto como eu faria se não tivesse esse gene. Decididamente o toque italiano da vó Laura misturado com a culinária brasileira da vó Julieta me fizeram a cozinheira que sou.

Esse final de semana não só senti o aroma do bife pizzaiolo da vó laura como provei-o. Resolvi, sem mesmo me lembrar direito dos ingredientes, prepará-lo.

Liguei pra minha mãe e pedi umas dicas. E até que ela explicou direitinho. Depois mãos à massa.

Passados 20 min, lá estava o Gu....Humhumhum....foi o que ele disse.

Acho que pelo nome do prato vocês já devem imaginar do que se trata. Pois bem...o prato nada mais é do que um bife com cobertura de tomates, cebola e mussarela. Algo saboroso para ser feito na pressa, sem muita preocupação com a aparência do prato.

Vamos a receita:

Numa frigideira grande, coloque um fio de azeite e passe 1 ou 2 bifes que podem ser de alcatra, file mignon ou baby beef. Eu usei baby beef. A carne deve estar temperada com pimenta em grão e sal grosso ou flor de sal.
Depois coloque 4 ou 5 cabeças de alho amassadas no centro da frigideira. No entorno 2 a 3 tomates maduros (aqueles próprios para fazer molho) cortados em cubos e em cima da carne 1 cebola cortada.
Adicione manjericão e orégano desidratados.
Tampe a frigideira.
Passado tempo suficiente para apurar e cozinhar o tomate e cebola (eles vão soltar água e virarão quase um molho), cubra tudo com mussarela fatiada e tampe a frigideira novamente.
Mussarela derretida, prato pronto para ir à mesa!!!

Viram como é fácil. Agora é só ir pro fogão e todos vocês sentirão o aroma da casa da Nona...

terça-feira, 22 de junho de 2010

O retorno

Estou há quase um mês sem escrever aqui! Fiquei um tempo fora do ar pelos compromissos que, apesar de não terem me impedido de comer, me levaram a degustar apenas pratos prontos ou fast / junkfood. Outro período porque fui experimentar a culinária mediterrânea.
É isso mesmo!! Sai de férias e fui para Paris e Portugal.
Lá tive a oportunidade de experimentar pratos deliciosos, que não ouso fazê-los por aqui.
Mas quero compartilhar as fotos dos pratos e endereços dos locais com vocês. Durante os próximos dias trarei estas informações. Preparem-se!!!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Boeuf Bourguignon

Na semana seguinte a que assisti ao filme Julie & Julia, o Gu me deu o livro Mastering de Art of French Cooking. O livro, que possui as receitas e história de Julia Child, é muito bacana e bem útil: posso praticar inglês, conheçar os utensílios domésticos da década de 50, aprender a cortar e limpar patos ou outros bichos, e cozinhar - afinal possui as receitas da Julia que incentivaram a Julie ir para a cozinha.
Depois de passar 2 semanas só lendo, refletindo e estudando, resolvi aproveitar o domingão para pôr em prática um dos pratos e assim já treinar o que vou preparar no almoço de Dia das Mães.
Escolhi o Bouef Bourguignon. Foi ele que a Julie queimou no filme. Queria experimentá-lo e também usar - dentro do forno - minha Le Creuset.
Esse é um dos poucos luxos que tenho na cozinha. Só não tenho outros por falta de "tempo". Adoraria ter a cozinha repleta de facas, panelas, e outras coisinhas mais.
A Le Creuset ganhei do Gu. Presente de aniversário de casamento. Tem muita gente que diz detestar esse tipo de presente - de duas, uma: ou a pessoa não gosta de cozinha ou tem síndrome de dona de casa dos anos 70. A mulher contemporrânea não tem este tipo de problema. Pode ganhar um bolsa ou um utensílio doméstico, depende do momento, do hobby, da precisão. Voltando a receita, quer dizer, dessa vez eu não escreverei a receita. Ela está no livro ou em vários sites como este aqui: http://mixirica.uol.com.br/?id=800
Mas posso dizer que, embora a panela tenha que ficar no forno por cerca de 2 horas e meia, o restante do prato é possível de ser preparado bem rapidamente.
O bouef ficou maravilhoso. Realmente poderei prepará-lo no almoço de Dia das Mães. A carne - usei 500g de músculo e 500g de alcatra - ficou bem macia e o molhinho irresistível.
Pronto!!! Já passei pelo primeiro prato do livro. Agora só faltam alguns vários outros.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Frango ao Curry

Neste domingo recebi em casa meus vizinhos - Jackie e Ale, Camila e Cris - para um almoço.
Estávamos há tempos para fazer isso. E eu ansiosa.
Durante a semana fiquei pensando em que prato preparar. É difícil escolher o que fazer quando você não sabe se os convidados têm alguma restrição alimentar ou não gostam de algo específico.
Resolvi arriscar e preparar Frango ao Curry. O máximo que aconteceria era alguém olhar de cara feia e recusar o prato. E eu, prepararia rapidamente um ovo frito ou um macarrão.
Comecei a criar o prato na manhã do domingo. Para mim não há nada melhor para desestressar do que fazer o "mise en place" com calma. Em bom português isso significa separar e preparar os utensílios e ingredientes necessários para executar a receita.
No Frango ao Curry o "mise en place" se resume a limpar o frango - que para mim é essencial, ainda mais se você compra já picadinho para strognoff naquelas bandeijas de supermercado, pois eles sempre vêm "sujinhos -, picar as cebolas e as maças para o qual uso o meu Perfect Dicer (isso mesmo, eu compro na Polishop e ganho inteiramente grátis...).
Arrumei também as entradas: queijo de cabra para comer com pão italiano da famosa São Domingos, no Bixiga (participação especial Gustavo) e o famoso ratatouille (que eu já tinha feito no sábado e conto pra vocês depois como preparo) e a mesa.

Depois de tudo pronto, fui para o fogão. Vamos a receita (6 pessoas):

Coloque 2 colheres de manteiga e azeite;
Refogue 3 cebolas picadas;
Inclua 1,5 kg frango picado e refogue-o até ficar branquinho;
Coloque 6 colheres de sopa de curry. Eu coloquei 4 de curry normal e 2 de curry vindaloo;
Ponha 6 maças picadas e misture bem;
Depois acrescente 3 xicaras de chá de água e 3 de creme de leite fresco. Eu substitui 1 delas por leite de coco;
Deixe cozinhar por 20 min. E salgue a gosto.

Pronto!!!

Sirva com arroz branco.
Eu acho o prato uma delícia e fácil de fazer. Mas sou suspeita. O meus convidados elogiaram bastante e acabamos com a travessa.
Agora já estou pensando nas outras receitas que produzirei para eles.

domingo, 25 de abril de 2010

Chá de Bebê bem Doce








Nesse sábado fomos ao Chá de Bebê da Ju.



Como não poderia deixar de ser - afinal a Ju além de se arrumar toda, capricha na casa- a festa estava linda, a sala toda arrumada, cheia de flores brancas, bexigas it's a boy, faixas etc. Tudo isso para esperar o Rafael.

Fiquei super bem impressionada com a decoração mas pasma mesmo fiquei quando vi a mesa. O branco e azul da decoração ganhavam cor vinda dos docinhos, bolos, cup cakes e outras coisinhas mais.

Não resisti e me joquei nos doces. brigadeiro normal e de colher, torta de limão, bolo com ganache de chocolate, beijinho, camafeu...Nossa quantas delícias.

Tinha também os cups cakes que vocês vêem na foto. O que são cup cakes? Pois bem, vou dar a minha definição: bebezinhos, aqueles bolinhos da Seven boys, enfrescalhados e deliciosos. Eu os conheci em Vancouver, no Canadá. Me lembro que numa tarde após a aula sai andando do Stanley Park em direção a English Bay, e me deparei com uma loja cheia destes bolinhos coloridos, confeitados e cheirosos. A loja era linda, toda rosa e com um ar de anos 50 (que eu amo). Lá parei e me deliciei com alguns.

A saudade de Vancouver eu não posso matar facilmente, mas dos cup cakes, sim foi possível. Ou melhor é possível, todas estas maravilhas que eu contei a vocês foram produzidas pela Choco Choc, empresa de guloseimas da mãe da Ju, a Marcia.

Além das comidinhas, elas produziram toda a decoração do chá de bebê. Amei!!! Super bonito, de bom gosto. Sugiro para quem for realizar batizado, chá de cozinha, de bebê etc. Ela também faz chocolates, bombons sob encomenda. Eu recomendo: choco-choc@hotmail.com

























domingo, 18 de abril de 2010

Filé Mignon de Porco recheado com mix de cogumelos e parma

Depois de passar a manhã no sofá, relaxando, e de ter assistido ao filme JULIE & JULIA, fui para a cozinha às 17h.

Há tempos estava para ver este filme, afinal muita gente, quando sabe do meu blog, se lembra da estória e me pergunta se eu me inspirei nele. Não, eu não tinha nem assistido-o. Apesar de ter gostado muito da estória e de ter encontrado semelhanças - o ato de cozinhar pra mim e pra ela nos leva pra longe das nossas atividades diárias do trabalho, por exemplo -, pra mim o blog é uma sala de estar, onde eu encontro os amigos e trocamos idéias. Em falar nisso, estou muito feliz por ter seguidores e tantos comentários. Obrigada!! E continuem conversando comigo. Ah, tem gente querendo colocar receitas, fiquem a vontade.

Como disse fui às 17h preparar o almoço. Resolvi cozinhar um filé mignon recheado com mix de cogumelos e presunto parma. Parte da receita eu vi no programa na Ana Maria Braga, quando estava de repouso. É isso mesmo, enquanto estava em casa - durante 10 dias - entre um email e outro, assistia aos programas matinais e vespertinos. Sinto falta desta programação, nossa como eu me inspirava ao ver a Katinha, a Palmirinha e a Ana Maria na cozinha.

Pra acompanhar o preparo do prato, abri um vinho Pinot Noir e acabei utilizando-o na receita.

Vamos ao preparo:

Temperei os 6 filés com pimenta do reino e flor de sal;
Depois preparei o mix de cogumelos. Refoquei na manteiga shitake (meia porção) e shimeji (1 porção).Quando eles estavam molinhos, considerei que estavam pronto.
Cortei 2 dedos de manteiga, esmaguei com um garfo e misturei com ervas. Que ervas? Todas as desidratas que eu tinha a mãos;
Depois de tudo preparado, fui para a hora mais difícil, montar os filés. Eu munca tinha recheado nada e já imaginava que seria um desastre. Pois é, coloque em cada filé 1 colher de café de manteiga temperada, 1 fatia de presunto cru, e um pouco do mix de cogumelos. Com cuidado, enrolei os filés e fechei-os com palitos de dente. Usei quase meia caixa pra isso. Colocava um palito de um lado e o recheio saia do outro, um horror. A coordenação me falta.
Filés enrolados, como bife a role, selei-os numa frigifeira bem quente. Enquanto isso, o forno estava aquecendo.
Coloquei os filés numa assadeira e por cima de cada um coloquei o restante da manteiga temperada.
Por fim, joguei 2 cálices do vinho, que estava bebendo, na assadeira e coloquei-a no forno.
30 min depois o prato estava pronto.
Pra acompanhar, uma salada verde e pronto!!!!

O prato ficou bom. Os filés bem macios e saborosos. Uma boa opção sem ser carne bovina!!!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Papa de Lu

Ontem fomos jantar e assistir ao jogo do Timão na casa da Lu e do João.
Chegando lá me deparei com uma bela pasta com um molho maravilhoso, que carinhosamente chamamos de Papa de Luca.

Acho que ainda não falei pra vocês que eu crio as minhas receitas ou tiro-as de olho -parafraseando os músicos. Ou seja, quando vejo um prato num restaurante ou na casa de um amigo, como o João, "filmo-o" e tento reproduzí-lo em casa. Claro que, as vezes, adiciono algo.
Na noite de ontem, além de boas risadas, vinho e muitas vibrações para o Timão - que ganhou o
jogo - pude observar o prato.

O Papa de Luca, então, será reproduzido aqui em casa pois, não sei se pelas maravilhosas mãos do João, ou se só pelos ingredientes, ele é delicioso.

Vocês devem estar se perguntando o que tem de tão especial neste molho. Então vamos lá, anotem como eu vou fazê-lo. É isso mesmo, olhei, analisei, perguntei pro João algumas dicas e bolei o passo a passo na minha fertil cabecinha.

Refogue cebola e alho no azeite.
Inclua pequenos pedaços de bacon.
Depois ponha tiras de filé mignon. Quando elas tiverem rosadas, acrescente tomate pelado (de lata) ou tomate picado sem pele.
Deixe isto cozinhar por um bom tempo. O molho pegará o gostinho da carne e do bacon.
Depois acrescente uma peça de gorgonzola. Vá mexendo até o queijo derreter.
Experimente e se precisar, acrescente sal a gosto.

Pronto!!! O Papa de Lu está feito. Agora é só adicionar a sua massa de preferência e boa refeição.

Ah, me esqueci de um ingrediente muito especial que tinha na casa do João, amigos queridos!!!

domingo, 11 de abril de 2010

Coxinha


Hoje conseguimos ir ao Veloso. Há tempos temos tentado entrar lá mas ultimamente essa tarefa não tem sido muito fácil, o bar anda lotado. E eu ando sem paciência de ficar em pé, na calçada, esperando. Mas hoje o frriozinho esteva inspirador.

Pra quem não conhece o Bar do Veloso fica numa rua calma da Vila Mariana, ao lado da caixa d' água, e tem como especialidades as famosas coxinhas e as caipinhas.

Eu fui lá pela primeira vez levada pelo meu irmão. Vocês vão perceber nos meus posts que antes de conviver com o marido comilão tinha em casa um irmão que me levava experimentar as delícias junks da cidade ou as preparava em casa de madrugada (detalhe: antes de preparar ele me perguntava se eu queria, e como eu sempre já estava na cama, recusava. Mas ao sentir o cheirinho vindo da cozinha, me levantava e atacava. Viva a cultura do meio!!! - tema pra outro post). Nasci, então, cercada por boas comidas!
Logo na primeira vez que fui ao Veloso, provei a coxinha e nunca mais me esqueci. Ela é sensacional, cremosa e temperada por dentro e crocante por fora.
Lá, também, existem outras delícias como o bolinho de carne, a feijoada que é servida aos sábados, o bife a milanesa ou o ancho com salada e fritas, o escondidinho de carne seca etc. Mas sempre quando vou lá, abro o apetite com uma porção de coxinhas.
Além das comidas, ele é conhecido pelas premiadas caipinhas que são preparadas pelo Souza. Já experimentei algumas mas como prefiro chopp, quando vou lá fico com a tulipa de chopp Brahma.
Já levei ao Veloso algumas pessoas queridas: meus sogros, a Karina e o Fernando, a Mel, a Nina... E com certeza vou continuar levando os amigos, pois pelo menos 1 vês por mês bate aquela saudade da coxinha.
Escrevendo este post parei pra pensar como gosto desta comidinha. Me lembro que, quando criança, ía com meu pai comprar comida na rotisserie Bologna e lá, enquanto esperávamos, comíamos uma deliciosa coxinha. Também na infância / adolescência ía à Rosima com meu irmão comer o mesmo prato. Hoje em dia não vou mais ao Bologna, embora o Baixa Augusta esteja na moda. Mas na Rosima, toda vez que tenho que fazer alguma coisa na hora do almoço nos Jardins, dou uma passadinha.
Estes endereços e outros vocês encontrar no Mapa das Coxinhas, acabei de encontrá-lo na net.
Mas na minha opinião a melhor de São Paulo é a do Veloso!!!

domingo, 4 de abril de 2010

Almoço de Páscoa




Passamos o domingo de Páscoa a dois, eu e o Gu (para quem não sabe, este é o comilão sobre o qual me referi na abertura, meu marido querido). Depois de uma manhã sonolenta e chuvosa e de muito chocolate, fomos experimentar uma cantina que há muito tempo queriamos ir: a tradicional Cantina do Magrão - http://www.bardomagrao.com.br/ - no Ipiranga.

Claro que tinha uma esperinha básica, mas nada que os bolinhos de parmesão e a Colorado de mel - cerveja de Ribeirão Preto - não tenham nos feito esquecer.

O Magrão, que estava lá e não é o Sócrates, tem um bar e uma cantinha, um do ladinho do outro, um conjugado. Os locais apesar de pequenos são bem aconchegantes e possuem uma decoração bem bonitinha. Sua carta de cerveja é bem generosa, tem alemã, austríaca, brasileira, australiana, canadense, americana mexicana e argentina. Eu escolhi uma brasileira, a Colorado, pois adoro o sabor e sempre me encanto com o ursinho do rótulo.
O menu tem diversas massas, a que mais sai, pelo que vi e pelo cheiro, é uma com tomate, manjericão, azeitona chilena e mussarela de bufala. Mas nós pedimos um carré de cordeiro com purê de mandioquinha.
Depois de 40 min de espera, o prato chegou. Sensacional!
Ficamos de voltar para provar a tal massa carro chefe, a polpeta (espero que seja tão boa como a da minha vó Laura) e outras coisinhas mais.
Recomendo o restaurante e o bairro. Certamente vocês vão ler, aqui no Stef de Cozinha, outros posts sobre a culinária do Ipiranga pois lá vocês podem encontrar o Bar do Nico, a Paellas Pepe, uma sorveteria deliciosa da qual nunca lembro o nome tampouco como chegar (já foram voltas e voltas de moto em vão).
Viva o Ipiranga!!!




sábado, 3 de abril de 2010

Tô começando bem

Este é meu primeiro post. Acabei de criar meu Stef de cozinha e vou inaugurá-lo com um almoço de aleluia muito especial.
Almocei com as minhas melhores amigas - As Panariças -. Uma delas mora em Barcelona e há mais de 2 anos não vinha para o Brasil. Desceu do avião e caiu na sala da minha casa, pra almoçar.
Que delícia!!! Era tudo o que eu queria neste Sábado de Aleluia.
Pensei muito no que preparar e cheguei a conclusão que esta visita não merecia um risoto de algum ingrediente afrescalhado ou uma comida indiana, mas sim uma comida brasileira.
Preparei um picadinho, arroz, tartar de banana e comprei farofa e feijão preto (cozinho de tudo menos feijão, acho que tenho medo de me arriscar e descobrir que quem cozinha bem na família é a minha avó Julieta. O feijão dela era tão maravilhoso que eu comia puro, com farinha e de colher. Coisa de interior, meus amigos cosmopolitas certamente não sabem o que é isso).
Vamos lá para as receitas dos pratos principais:
Picadinho
File Mignon cortado na ponta de faca
Tomate sem pele e caroço
Ervilha fresca
Cebola
cebolinha e salsinha
Refogue o file mignon na manteiga, tempere com pimentta do reino, flor de sal,tabasco
Acrescente cebola picadinha e depois 2 tabletes de caldo de carne dissolvidos em água fervente e deixe cozinhar
Acrescente tomate e ervilha
e ao final cebolinha e salsinha
Pronto!!!
Tartar de Banana - a partir de agora vou chamá-lo de Tartar das Panariças
Pique 3 bananas nanica, acrescente 1 colher de vinagre branco e flor de sal. Misture bem e coloque 1 cebola roxa bem picadinha e salsinha. Coloque 1 colher de azeite e pronto!!!
Os dois itens acima eu vi sendo preparados pela chef de cozinha do Bar D. Onça (minha primeira dica de restaurante. Vá e desfrute de uma ótima refeição num edifício obra de arte - ed. Copan, de Niemeyer, em S. Paulo.).
O almoço foi uma delícia. As meninas adoraram a comida mas o melhor não estava na mesa mas à mesa. A companhia delas é realmente sensacional.
Que dia, encontro maravilho, comida boa e uma estréia!